quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Reflexão!!

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta. A gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto... Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Momento!!

Existe um momento em nossa vida, que despertamos para o mundo, como se tivessemos num sonho adormecido.
E buscamos dentro de nós uma força tão grande, uma expectativa esperançosa de ver nossos sonhos realizados.
É um momento só nosso, um momento de carência, de solidão e uma vontade louca de encontrar alguém que se perdeu no tempo, mas que se encontra presente no atual presente.

Descubra....

Resolvi postar este texto por considerá-lo bem interessante.


Descubra por que as mulheres amam homens mais rústicos



Plínio Teodoro

"Tu as le parfum de la (você tem o aroma da) cachaça e de suor...". Os versos do compositor Chico Buarque para a personagem principal do longa-metragem Joana Francesa, filmado em 1973 por Cacá Diegues, retratam o desejo de mulheres que vivem em um nível social privilegiado por homens simples, que fazem de seu corpo instrumento de trabalho e também prazer. No filme, passado nos anos 30, a atriz francesa Jeanne Moreau interpreta o papel de uma dona de bordel em São Paulo que vai morar com um rico fazendeiro, dono de um engenho de açúcar, em Alagoas. Lá, a personagem se rende aos encantos de um dos funcionários da fazenda, recém- libertado da escravidão e que, literalmente, leva com ele o perfume da cachaça e do suor.

Longe das telas do cinema, a atração de mulheres pela rusticidade masculina persiste, e bem distante da antiga relação entre Casa Grande e Senzala no Nordeste brasileiro. Após três casamentos frustrados - dois deles com os milionários roqueiros Kid Rock e Tommy Lee, a atriz canadense Pamela Anderson surgiu nessa semana linda, loura e megasiliconada com seu novo namorado: o eletricista Jamie Padgett, que conheceu há alguns meses, durante uma reforma em sua casa. Reformou a casa e deixou o pedreiro por lá mesmo para eventuais retoques. No Nordeste, aliás, há até um substantivo levemente pejorativo que identifica o chamado trabalhador braçal: cafuçu.

Segundo a cientista social, historiadora e psicóloga Maria Amélia dos Santos Augusto, membro do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade, ao longo da história a submissão, quer pela condição social ou pela diferença de raça (no caso da escravidão), garantiam e garantem a ¿posse¿ do macho e, nessa condição, a saciação de uma parte do desejo feminino de ser homem. "Em uma sociedade machista, cheia de privilégios concedidos aos homens - a quem o papel do domínio esteve entregue -, é também uma forma de luta pelo poder", diz.

Um outro psicólogo, Paulo Geraldo Tessarioli, pesquisador do Grupo de Pesquisas e Estudos sobre as Sexualidades (GPPES), diz mais. Para ele, alguns homens se sentem intimidados quando a mulher entra na disputa profissional, o que acaba afastando essas executivas das paqueras em seu nível social, já que é vista como concorrente. "Atualmente mudou muito o referencial da mulher submissa. Se ela é independente, ela pode escolher com quem se relacionar, inclusive com homens de níveis diferentes do delas", diz Tessarioli.

Foi o que fez a publicitária pernambucana Ana Venina, de 45 anos, após três casamentos que não vingaram. Bem sucedida profissionalmente, ela namora há dois anos um policial militar e sofre muito preconceito pelo fato de ele ser negro. "Já sofremos com todo tipo de preconceito possível. Dias atrás, fomos comprar um tênis para meu filho em uma loja no shopping e o segurança ficou seguindo ele". Ana, no entanto, diz não se importar com os "olhares estranhos" quando chega em lugares onde se concentram pessoas mais ricas, como restaurantes e bares do Recife. "Sempre aprendi a valorizar as pessoas pelo que elas são e não pelo que elas têm. Só que, no mundo de hoje, as mulheres ainda esperam pelo príncipe encantado que vai resolver todos os seus problemas financeiros e sexuais, mas onde fica o afeto?".

De prazer e de torpor

O aspecto sexual é também um forte atrativo para as mulheres que optam por um relacionamento com um homem que usa em seu trabalho mais o corpo do que a mente. "Se a cabeça de cima estiver funcionando, a de baixo não funciona. E, no caso dos executivos dos dias de hoje, isto é quase uma constante. Com celulares, computadores e toda parafernália tecnológica a mão fica difícil se concentrar durante um encontro", diz Tessarioli. De acordo com o pesquisador, o atrativo do homem que está mais vinculado ao corpo é a valorização dos sentidos sensoriais, em vez dos atributos intelectuais. "Atendo mulheres lindas que se sentem feias e, neste caso, eu digo a elas: passe em frente a uma construção que vai se sentir a mais feliz das mulheres. Para os homens mais rústicos toda mulher é gostosa".

Tessarioli ressalta que, nestes casos, o trabalho braçal - como o de um pedreiro ou um eletricista ¿ não o esgota mentalmente. Sem grandes preocupações, a qualidade do sexo é influenciada positivamente. "A pegada é muito mais forte e direta, porque o trabalho fica da porta para fora". Da teoria à prática, Ana diz que se sente completa com o namorado, principalmente quando o sexo é o assunto. "Ele é fantástico. É uma coisa mais real, sensitiva, e envolve também a admiração".

I love cafuçu

As fantasias das mulheres recifenses com homens mais simples ganham, inclusive, as ruas da capital pernambucana durante o carnaval. Todo ano, o bloco "I Love Cafuçu" reúne mulheres que buscam aquela "pegada mais forte" durante os dias de folia. O termo é usado pelas pernambucanas para definir o homem que tem "muito músculo e pouco cérebro". A cantora Gretchen, que ainda desperta fantasias em qualquer prédio em construção, também promove uma festa anual no estado para promover a integração das admiradoras dos tais cafuçus.

A palavra, provavelmente, deriva de cafuzo, que é o nome dado ao homem resultado da mestiçagem entre negro e índio. "O sentido atribuído às palavras é muito especifico não só a um determinado tempo, mas a indivíduos e a grupos sociais determinados. O significado das palavras pode até ser mantido, mas o sentido pode mudar com o tempo. Há vários exemplos em nossa língua, principalmente no que diz respeito à sexualidade", diz a historiadora Maira Amélia.

Os músculos são unanimidade entre as mulheres que se envolvem com esses homens. Mas a questão de neurônios, para algumas, está descartada. "Aí voltamos àquela velha discussão do ser e do ter. Para mim, o caráter e a questão moral é que fazem as pessoas seres inteligentes. Sem isto, de que adianta ter todo um status social?", diz Ana Venina. Para ela, que conhece, como na música de Chico Buarque, "songes et mensonges" (sonhos e mentiras) de longe e de cor, nada melhor que o feitiço de um homem que fala e sabe muito sobre o amor.
Ufa!!

Criei coragem, resolvi fazer esse blog, pretendo postar as experiências que vivencio no dia a dia, poemas, piadinhas, indignações, etc..